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Independentes australianos acusam Partido Trabalhista de se beneficiar da indústria de apostas

Escrito por Jillian Dingwall
Traduzido por Thawanny de Carvalho Rodrigues

À medida que a Austrália se aproxima das eleições federais marcadas para 3 de maio, a reforma nas leis de jogo volta a dominar as manchetes. Deputados independentes — muitas vezes chamados de “teal independents” por suas agendas reformistas em comum — acusam o governo trabalhista de estar demorando demais para implementar mudanças urgentes na legislação sobre apostas.

A frustração é evidente: após anos de investigações parlamentares e debates públicos, os avanços estagnaram, levando muitos a questionar se o governo está mais interessado em agradar à indústria de apostas do que em proteger a população.

A pressão cresce sobre o governo liderado pelo primeiro-ministro Anthony Albanese, acusado de adiar reformas cruciais até depois das eleições. Segundo o The Sydney Morning Herald, essa decisão veio após discussões internas no gabinete e o desejo de evitar atritos com grandes grupos de apostas, mídia e esportes às vésperas do pleito.

Allegra Spender, deputada independente por Wentworth, foi direta nas redes sociais: “Não podemos continuar sacrificando boas políticas em nome da conveniência política. O governo já deveria ter agido para proibir os anúncios de apostas. Está claro que só terão coragem se houver vozes independentes fortes no próximo parlamento.”

O Relatório Murphy e o apelo por proibição de anúncios de apostas

Os apelos por mudanças não são novidade. Em 2022, uma investigação parlamentar liderada pela falecida deputada trabalhista Peta Murphy analisou os impactos sociais das apostas e resultou, . Entre as 31 recomendações, estava um plano ambicioso de três anos para banir todos os tipos de publicidade de apostas online nos meios de comunicação australianos.

As conclusões do relatório foram contundentes: “Quase dois anos atrás, uma investigação parlamentar sobre apostas online liderada por uma integrante do próprio governo, a falecida deputada Peta Murphy, apresentou 31 recomendações que reduziriam significativamente os danos causados pelo jogo, incluindo a proibição total da publicidade e incentivos relacionados às apostas”, afirmou um porta-voz da Alliance for Gambling Reform.

Apesar do amplo apoio público — 76% dos australianos apoiam a proibição de anúncios de apostas, segundo pesquisas —, o governo ainda não respondeu oficialmente ao Relatório Murphy. Em vez disso, o Partido Trabalhista sugeriu uma abordagem mais branda: limitar os anúncios a dois por hora até as 22h e proibir sua veiculação uma hora antes e depois de eventos esportivos ao vivo, evitando a proibição total.

A proposta foi amplamente criticada por entidades e parlamentares. “Qualquer medida que não seja uma proibição abrangente da publicidade de apostas online será ineficaz na proteção dos australianos contra o vício em jogos”, declarou o Professor Steve Robson, presidente da Associação Médica Australiana.

O deputado independente Andrew Wilkie, representante de Clark, foi ainda mais incisivo no parlamento:

“Não vi um abandono tão gritante e escandaloso do interesse público quanto a recusa deste governo em implementar uma proibição à publicidade de apostas.”

“Só posso concluir que este governo está completamente apavorado com as empresas de apostas, apavorado com as emissoras de TV e com os grandes códigos esportivos, que recebem pagamento a cada vez que alguém faz uma aposta em uma partida…”

“Este governo simplesmente não se importa com o interesse da comunidade. Não se importa que a publicidade incessante de apostas acabe por doutrinar crianças para uma vida inteira de apostas e, em muitos casos, anos de vício.”

Influência da indústria, doações políticas e o problema dos caça-níqueis

As alegações de laços estreitos entre o Partido Trabalhista e a indústria de apostas tornam o debate ainda mais complexo. Wilkie não poupou críticas:

“Existe um conflito de interesses gigantesco com o Partido Trabalhista. Eu teria dificuldade em encontrar, em qualquer outro país, um partido político tão substancialmente e diretamente beneficiado pela indústria de apostas.”

Outros compartilham dessa visão, destacando as conexões históricas e financeiras do partido com clubes que operam máquinas de caça-níqueis — conhecidas na Austrália como pokies —, que continuam sendo uma fonte significativa de danos relacionados ao jogo em todo o país.

As doações políticas e os benefícios recebidos por parlamentares também estão na mira, com denúncias de que alguns aceitaram ingressos para eventos esportivos oferecidos por representantes da indústria que lutam contra a proposta de banimento dos anúncios.

Enquanto isso, alguns governos estaduais decidiram agir por conta própria. Nova Gales do Sul, por exemplo, proibiu anúncios de apostas no transporte público e introduziu uma série de medidas para redução de danos, como o limite de dinheiro inserido nas máquinas e a obrigatoriedade de presença de Agentes de Jogo Responsável em estabelecimentos maiores.

Apesar dessas ações locais, a hesitação do governo federal em agir com firmeza deixa a impressão de que o lobby da indústria está se sobrepondo à saúde pública. Como resumiu o senador independente pelo Território da Capital Australiana, David Pocock:

“Precisamos de ação concreta, não de mais conversa, para proteger os australianos dos impactos negativos das apostas.”

Com as eleições se aproximando, a reforma nas leis de apostas promete ser um tema central. Grupos como a Alliance for Gambling Reform estão intensificando campanhas por candidatos comprometidos com as mudanças, determinados a manter a pauta em destaque até o último voto.

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