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Mantenha o foco: como crescer de forma sustentável no iGaming sob a regulamentação do Reino Unido
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Vamos ser sinceros: o setor de iGaming no Reino Unido não é para amadores. Trata-se de um dos mercados mais regulados do mundo, e a não alivia quando o assunto é elevar o nível. Mas, para operadores atentos, essas regras não são um empecilho — são um guia para construir algo sustentável, ético e com futuro de verdade.
Para entender melhor como isso se aplica na prática, a SiGMA News conversou com Dan Shannon, Chefe de Crescimento Orgânico e Comercial da Casino Kings. Com mais de 15 anos de atuação em mercados regulados tanto pelo Reino Unido quanto por Malta (MGA), Dan tem bagagem e uma visão clara de como a conformidade pode ser tanto seu calcanhar de Aquiles quanto sua maior vantagem estratégica.
O problema do setor ilegal (e por que ele diz respeito a todos)
Não há dúvidas de que o setor ilegal está crescendo. Operadores sem licença estão driblando as regras, ignorando medidas de proteção ao jogador e atraindo usuários com recursos que marcas licenciadas não podem oferecer — como giros turbo, compras de bônus e ausência de limites de depósito.
O resultado? Um aumento preocupante na migração de jogadores, especialmente os mais vulneráveis, para ambientes de risco, onde não há garantias nem mesmo de que eles receberão os próprios ganhos.
Dan é direto ao ponto: “O setor ilegal é uma preocupação para toda a indústria regulada. Ele mina os esforços para criar um ambiente de jogo mais seguro e coloca em risco pessoas vulneráveis. Precisamos de uma combinação entre fiscalização mais eficaz e um consumidor mais bem informado se quisermos começar a enfrentar esse problema.”
Como construir uma marca que respeita as regras e se destaca
Mas afinal, como crescer em um mercado assim — e não apenas se manter, mas prosperar sob regulamentação? Aqui está o plano de Dan, dividido em seis pontos:
1. Conformidade que realmente funciona a seu favor
Conformidade não é algo que se improvisa na crise — tem que fazer parte do plano desde o início. Isso envolve decisões de produto, estratégia de marketing e tudo mais.
Termos claros, ofertas justas, processos sólidos de verificação de identidade (KYC) e estar sempre pronto para uma auditoria regulatória: nada disso é detalhe. Para quem faz bem feito, o retorno é real — confiança dos jogadores, respeito dos órgãos reguladores e uma reputação sólida ao longo do tempo.
2. Aquisição de clientes sem artimanhas duvidosas
A era do marketing descontrolado ficou para trás. Para atrair e manter um público fiel sob as regras da UKGC, é preciso ser estratégico e transparente. Alcançar o público certo, com mensagens claras e dentro das normas, é essencial — e não dá mais para terceirizar sua reputação para redes de afiliados de reputação duvidosa. O foco agora está em SEO, PPC dentro da conformidade e parcerias com quem compartilha seus valores. Não se trata mais de quantidade, mas de qualidade.
3. Retenção que não parece armadilha
Manter jogadores não significa bombardear com bônus e torcer para que fiquem. Trata-se de oferecer uma experiência positiva, com uma navegação intuitiva, recompensas personalizadas com base no comportamento real (e não só no quanto gastam) e sistemas de fidelidade que premiam o engajamento sem explorar. Respeite seus jogadores, e eles retribuirão com lealdade à sua marca.
4. Jogo responsável como prioridade, não formalidade
Para a Casino Kings, jogo responsável não é um link escondido no rodapé do site — é uma prioridade visível. Isso inclui ferramentas efetivas (como limites de depósito, períodos de pausa e autoexclusão), mas também comunicação clara. “Queremos que os jogadores saibam que estamos do lado deles,” diz Dan. E quando essa abordagem é genuína, fica evidente para todos.
5. Inovação com responsabilidade
Criatividade não morre sob regulamentação — ela evolui. Seja com o lançamento de jogos personalizados, melhorias na experiência mobile ou parcerias com marcas de entretenimento, ainda há muito espaço para inovar. O segredo está em integrar os filtros de conformidade já na etapa de desenvolvimento. É possível ousar — desde que você saiba exatamente onde estão os limites e os respeite.
6. Cultura como força propulsora da conformidade
A cultura interna da empresa faz toda a diferença. Se a equipe não está alinhada com as responsabilidades regulatórias, tudo desanda. Treinamentos frequentes, auditorias proativas e comunicação clara — tanto interna quanto com a UKGC — ajudam a manter tudo nos trilhos. Quando a imagem externa da empresa reflete seus valores internos, isso é percebido tanto pelos jogadores quanto pelos reguladores.
As regras do Reino Unido favorecem quem pensa a longo prazo
Ter sucesso no mercado britânico não é sobre fazer o mínimo para passar. É sobre mudar a mentalidade — ver a regulamentação não como obstáculo, mas como base para um negócio duradouro.
Como resume Dan: “Quando você trata a regulamentação como parte da estratégia — e não como um obstáculo a ser contornado — você constrói um negócio que realmente tem futuro.”
Nada de atalhos. Construa confiança. Coloque os jogadores em primeiro lugar. Inove com responsabilidade. Faça do jeito certo — e você não só sobrevive, como ajuda a redefinir o padrão do setor.
